Leonardo de Melo Bernardino; Izabela Serra Capuchinho. A Pandemia da COVID-19 levou à paralisação preventiva de quase todos os setores do mercado nacional, trazendo impactos inevitáveis à economia e à circulação de riquezas. Buscando evitar o colapso financeiro do…
Incerteza dos rumos empresariais. Estratégia da sobrevivência.
No meio desse caos pandêmico, a realidade empresarial ecoa a quatro cantos: que rumo ruma? Pra onde vou? Uma coisa é certa nessas indagações: a incerteza.
No Brasil, tal incerteza – por si natural ante as drásticas e necessárias mudanças de comportamentos sociais por indefinido período – ganha contorno cruel: desalinhamento total dos pseudolíderes, acarretando em politização do que se deveria discutir para uma solução bem mais eficiente no plano econômico e da saúde.
Com isso, há de se admitir que, até que haja a maciça imunidade da população, o que ocorrerá apenas mediante a vacinação (ainda em teste, mas com boas perspectivas de se efetivar apenas daqui seis meses pelo menos), nossa economia estará no mínimo estagnada nos patamares que já se encontra.
Neste cenário, em que grande parte das empresas vem sofrendo com esse drástico decréscimo da economia, recomenda-se adotar uma estratégia de mera sobrevivência.
E é óbvio que cada caso tem sua particularidade. Não há uma regra definida a ser adotada. É agir, a despeito do que dos pseudolíderes não definem, em prol de se conseguir manter a estrutura empresarial até que se retome a economia.
É ajustar a despesa a combalida receita.
Para tanto, cabe estabelecer o acordo que seja possível com seus colaboradores, os quais também estão ávidos ao retorno do regular trabalho e da certeza da manutenção de seu posto de trabalho; recontratar com o locador do imóvel de seu estabelecimento, o qual haverá de optar em encontrar uma solução que viabilize a manutenção da empresa locatária, até que retorne à normalidade econômica; renegociar eventuais passivos bancários; estabelecer estratégias comerciais que viabilizem a manutenção de seus clientes, com redobrado esforço no cuidado com a qualidade de seus produtos ou serviços; realinhar com sua cadeia de fornecedores as contratações vigentes, de modo a ajustar volume e preços às reais possibilidades deste momento. Enfim, há de se reacordar com todos aqueles que, direta ou indiretamente, ajudam a manter o negócio.
E todos haverão de estar abertos a repactuações ante as nefastas consequências advindas da inesperada pandemia que assola o planeta.
Sobrevivam. O caos passará. A economia voltará forte. Nesse momento, quem mais tiver preservado sua estrutura, mais rapidamente retomará o prumo do crescimento.
Alexandre Papini